Clube aprende lição, depois de maus negócios com Henrique, Rodrigo Mancha, Pedro Ken, Marlos e Keirrison
Altair Santos, especial para o iG
Há cinco anos o Coritiba não negocia jogadores com o futebol internacional. As transações mais recentes foram em 2005, quando o clube vendeu o lateral Rafinha por R$ 15 milhões para o Schalke 04, da Alemanha, e o zagueiro Miranda, hoje no São Paulo, por R$ 5,7 milhões para o Sochaux, da França.
Foram bons negócios que, na época, fizeram o clube livrar o CT da Graciosa de uma penhora judicial de R$ 11 milhões. Depois disso, os negócios minguaram. Contratos mal amarrados levaram o Coritiba a perder alguns milhões com uma safra que tinha tudo para ajudar o clube a equilibrar suas contas. Entre os jogadores revelados estão o selecionável Henrique, os meio-campistas Rodrigo Mancha, Pedro Ken e Marlos e o atacante Keirrison.
Henrique, por exemplo, foi vendido por R$ 5 milhões à Traffic, no começo de 2008, e seis meses depois foi para o Barcelona por R$ 26 milhões. E o que dizer de Keirrison, que entrou em litígio com o clube e foi negociado a toque de caixa por R$ 2 milhões com o Palmeiras e depois vendido ao Barcelona por estimados R$ 44 milhões? Pior: dos R$ 2 milhões, o Coritiba só viu R$ 400 mil – o clube disputa na Justiça R$ 1,6 milhão com os empresários do jogador.
Situações ainda mais graves foram as que resultaram nas saídas de Marlos para o São Paulo e Rodrigo Mancha para o Santos. Os dois esperaram seus contratos terminar e deixaram o Coritiba sem dar nenhum retorno financeiro. Em 2009, para o mercado interno, Marlos e Mancha estavam avaliados em R$ 8 milhões e R$ 5 milhões. Já Pedro Ken foi vendido por R$ 2 milhões à Traffic, que o repassou ao Cruzeiro no início deste ano. O Coritiba ainda detém 20% dos direitos econômicos do jogador.
Somando todos esses negócios, se Henrique, Keirrison, Marlos, Rodrigo Mancha e Pedro Ken tivessem sido vendidos diretamente pelo Coritiba ao exterior, o clube estima que, descontados os repasses a agentes, procuradores e empresários, teria contabilizado pelo menos R$ 60 milhões. Para conter essa avalanche de transações malfeitas, desde janeiro de 2010 o Coritiba tem um financista na diretoria. Trata-se do vice-presidente Vilson Ribeiro de Andrade, que assumiu com mão de ferro o controle dos contratos das recentes revelações do clube.
O dirigente determinou blindagem total dos jovens talentos, que em junho mostraram potencial ao ganhar a Taça BH de Juniores. Segundo Ribeiro, a culpa é da Lei Pelé. “Ela só fez mal aos clubes. Tem um monte de empresário rico por aí. Diziam que o jogador era escravo do clube e agora eles viraram escravos dos empresários”, afirma.
Para não ser surpreendido, o dirigente estabeleceu que o primeiro contrato das revelações seja o mais longo possível. Aqueles que já tinham contrato antes de sua gestão tiveram o vínculo estendido. São os casos do volante Daniel, dos laterais Dênis e Fabinho Souza, do meia Renatinho e do atacante Lelê, que agora ficam até 2012. Os demais têm contrato até 2015. “São jogadores 100% do clube e com contratos de cinco anos. Hoje, eles só saem se surgirem negócios vantajosos ao Coritiba”, afirma Felipe Ximenez, responsável direto por blindar a nova safra do clube.
Desde quando contrato ate 2012 e blindar a revelacao? 2012 esta ai, significa que o atleta esta quase sem contrato.
ResponderExcluirParece piada mais e Coritiba....
Negocio bom foi com o Angelo.
ResponderExcluirE também Sandro e Triguinho e mais de uma dezena de pangarés...
ResponderExcluirSeje Bem Vindo Albano!
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