De acordo com Akel, a opinião dos sócios deveria ser levada em consideração pela relevância do assunto. “Sem muita preocupação, te diria que esse é um assunto em que temos de consultar o associado também”, afirmou. “Podemos considerar que pela importância da matéria ela possa até ser objeto de assembleia geral”, complementou.
Pelas regras do estatuto do clube, modificado em março, qualquer intenção de mudança patrimonial deve ser encaminhada pelo Conselho Administrativo ao Deliberativo. No caso do estádio, o assunto ainda passaria pelo Consultivo – composto por 20 conselheiros natos e 20 membros eleitos do Deliberativo –, que opinaria sobre a questão.
Na sequência, a venda seria apreciada em plenário e decidida por maioria absoluta de votos. Não há, em princípio, necessidade de questionar a vontade dos associados.
“Quando a apreciação é de um tema importante, qualquer conselheiro pode pedir vista. E aí o assunto tem de vir com parecer jurídico. Encaminharíamos para nossa comissão legislativa. Não é uma decisão a toque de caixa. O Couto Pereira não é uma coisa que vá se decidir assim [rapidamente]”, explica Akel.
Ele ressalta, no entanto, que o assunto ainda não foi discutido entre os conselheiros e, como os demais dirigentes, insiste que não faz parte do cenário atual do clube. “Mas nada impede que um mecenas queira investir no Pinheirão e nos convide para ser parceiro”, lembra.
O presidente do Coritiba, Jair Cirino, diz não querer emitir opinião em cima de uma hipótese. Mas lembra não ser necessária legalmente a consulta aos sócios. “Se concretizada [a compra da área do Pinheirão por um investidor parceiro do Coxa], as regras exigem aceitação do Conselho Deliberativo [não dos sócios em geral]”, opina.
O vice-presidente Vilson Ribeiro de Andrade também prefere, por ora, não se aprofundar no assunto: “Como torcedor, tenho uma opinião. Mas prefiro não comentar porque estou na posição de dirigente”.