sexta-feira, 6 de maio de 2011

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Duas sequências impressionantes estavam em jogo nesta quinta-feira, no complemento das partidas de ida pelas quartas de final da Copa do Brasil. Uma delas, o recorde nacional de vitórias consecutivas do Coritiba, agora em 24, continua de pé, após uma incrível goleada por 6 a 0 para cima do Palmeiras. A outra caiu: o Flamengo viu sua invencibilidade em 2011 se encerrar no seu 24º oficial jogo no ano, diante do Ceará, por 2 a 1, no Rio de Janeiro.
Couto Pereira em êxtase
Se havia alguma dúvida em relação à temporada do Coritiba, elas se cessaram nesta quinta com uma "atuação exuberante", nas palavras de seu técnico Marcelo Oliveira, diante do Palmeiras para deixar sua torcida simplesmente extasiada.
A equipe paranaense emplacou a maior goleada na história do confronto com os paulistas, que antes tinham um 5 a 0 a seu favor. Agora ela soma 81 gols no ano. Desta vez, foram seis jogadores diferentes que marcaram: o zagueiro Emerson, o volante Léo Gago, os atacantes Bill e Anderson Aquino, o angolano Geraldo, que entrou no segundo tempo para manter um ritmo fogoso ao jogo, e o meia Davi, que, no final, disse que o time seguiria "trabalhando quietinho" no ano. Após um resultado desses numa fase avançada da Copa do Brasil, é difícil crer que esse anonimato será mantido.
Apesar da decepção pela conturbada derrota para o Corinthians na semifinal do Campeonato Paulista, o Palmeiras vinha forte no ano, ganhando a cara do tipo de grupo com o qual Luiz Felipe Scolari se consagrou no decorrer de sua vitoriosa carreira. Mas este alviverde não conseguiu fazer frente a um empolgadíssimo adversário.
"Não tem o que falar. Existe possibilidade, mas é quase impossível. Faltou espírito, faltou vontade para a gente", disse o atacante Kléber na saída do gramado. A frustração se explica. Se o Palmeiras não estava na sua melhor noite, o Coxa acelerou a partida durante todos seus 90 minutos e não aliviou em nada a vida do goleiro Marcos, que voltou ao gol palestrino após três meses afastado. Ao seu estilo, o campeão mundial descartou uma chance de virada em São Paulo. "Ah, não, agora vão falar que vão correr para a torcida. Claro que é obrigação, mas não dá para correr no dia que quer. Agora vão falar que se tivesse o Deola... Acho que comigo e o Deola juntos no gol hoje talvez o Coritiba fizesse três. Se soubesse que seria assim, eu teria pedido para não jogar", disse, mantendo o bom humor, na medida do possível. "O Coritiba, se quisesse, podia ter feito até mais."
Queda no Engenhão
O Flamengo já havia sofrido contra o Horizonte pelas oitavas de final, com um empate por 1 a 1 no Rio. Desta vez, contra o Ceará, que está num patamar superior, veio a derrota em casa, depois de 23 jogos invicto na temporada.
Os combativos visitantes chegaram a abrir um placar de 2 a 0 com gols dos experientes Marcelo Nicácio (em inteligente cobrança de falta) e Geraldo (completando um contra-ataque certeiro) e ainda teve a chance de fazer um 3 a 1 (não fosse um erro de finalização do mesmo Geraldo na pequena área), dando sinais de que o Fla precisará se superar na partida de volta para chegar às semis.
Apesar da conquista do Campeonato Carioca no domingo, a torcida do Fla chegou a mostrar certa insatisfação no segundo tempo. O técnico Vanderlei Luxemburgo fez boas apostas com as entradas de Gonzalo Fierro e Wanderley para diminuir a desvantagem no marcador e jogar os rubro-negros para cima. A pressão rendeu efeito, mas não o empate - o goleiro Fernando Henrique, habituado a jogar o Fla-Flu nos tempos de Fluminense, fez uma defesa muito difícil em cabeçada de Ronaldo Angelim e os chutes de fora da área saíram sem mira.
"Tivemos o domínio territorial no primeiro tempo, e eles fizeram o gol. No segundo tempo estávamos jogando melhor, e eles fizeram outro gol. Futebol é assim, num dia de bobeira", disse Luxemburgo. "Mas isso aqui é Flamengo, e não terminou ainda."


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