Um anúncio de jornal, intitulado “Agradecimento” causa polêmica no futebol paranaense. Publicado na edição de segunda-feira do jornal "Tribuna do Paraná", de Curitiba, a publicidade traz um texto assinado por “Torcedores do Coritiba F.C”. O conteúdo ironiza o procurador-geral do STJD, Paulo Schmitt, que para os torcedores do clube paranaense é tachado de responsável pela punição imposta após a invasão do estádio Couto Pereira, em 6 de dezembro de 2009.
O anúncio diz o seguinte: “Os torcedores do Coritiba agradecem ao justo e honesto procurador Paulo Schimitt, que com sua tenacidade conseguiu aplicar a maior pena a um clube de futebol na história do Brasil. Sim, agradecemos, pois só assim o Coritiba pôde mostrar mais uma vez ao Brasil, e também à mídia internacional, porque é o maior clube do estado do Paraná e um dos maiores do Brasil. Não é qualquer clube que enfrenta uma penalidade destas e na 34ª rodada já está com a classificação à Série A garantida e na 37ª já é campeão. O Coritiba disputou 29 partidas fora de seu estádio, sem contar com o apoio maciço dos seus torcedores, e apenas 9 no Couto Pereira. Para cumprir esta brilhante trajetória, o Coritiba rodou em 8 meses aproximadamente 55.000 quilômetros pelo território brasileiro, o equivalente a 6.785 quilômetros por mês, obtendo 21 vitórias – marca não ultrapassada por nenhum clube da série A nesta temporada. Portanto, finalizamos desejando ao Paulo Schimitt saúde e vida longa para poder acompanhar o crescimento e a grandeza do nosso Coritiba.”
Paulo Schmitt, que é torcedor do Atlético-PR, quando denunciou o Coritiba ao STJD havia enquadrado o clube em artigos que poderiam resultar em 30 jogos de pena. No julgamento, o tribunal reformou a denúncia e reduziu para dez. Na época em que o caso tramitou no STJD, o procurador já havia sido alvo de várias críticas de torcedores do Coritiba. A ponto de rebater com declarações polêmicas: “Os paranaenses têm síndrome de vira-latas”.
O procurador, que estará na função até junho de 2012, avalia que a pressão faz parte da liturgia do cargo. Ele só lamenta que tenha seu trabalho mais respeitado fora do Paraná. “Clubes com maior influência nacional e internacional respeitam mais nosso trabalho, mas os daqui acham que podem falar o que quiserem”, disse Schmitt, na época da polêmica.
Perguntado sobre qual a responsabilidade a respeito do anúncio publicado no jornal, o Coritiba disse não ter nenhuma. Para o advogado Itamar Cortez, que defende as causas do clube no STJD, ele não avalia que possa haver alguma retaliação futura. “O Coritiba, como instituição, não interferiu nisso e nunca foi tratado de forma diferente no STJD e, acredito, não será daqui para frente”, disse.
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